A importância da Segurança e Saúde no Trabalho das Organizações

Assinalamos o dia 28 de abril, Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, com um artigo sobre a importância destes temas nas organizações. Artigo desenvolvido pela Drª. Teresa Estêvão, Diretora das áreas de Formação e Consultoria e Auditoria do Grupo IEP.

 

O IEP, além de ser uma entidade certificada no âmbito da ISO 9001:2018 e ISO 45001: 2018, está também reconhecido desde 1997 como entidade certificada para a prestação de serviços de formação, concedido por uma entidade isenta (atualmente DGERT – Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho). Desse reconhecimento decorrem um conjunto de responsabilidades e obrigações para com os formandos, formadores, coordenadores de formação, clientes e outros agentes envolvidos.

Atualmente, a formação no contexto da Segurança e Saúde do Trabalho, deve ser assumida como um dos princípios gerais de prevenção, uma vez que é um instrumento fundamental para o desenvolvimento de qualquer organização do trabalho.

Nesta área temos vindo a notar cada vez mais o envolvimento e compromisso, quer do Estado, na promoção da formação e qualificação de técnicos de segurança e saúde do trabalho, quer dos parceiros empregadores que apostam na adoção de mais meios, nomeadamente novos equipamentos mais ergonómicos, infraestruturas mais modernas, dinâmicas de trabalho mais seguras, gabinetes de apoio psicossociológico, entre outros.

Ao longo dos anos o IEP tem demonstrado ser um parceiro importante do tecido empresarial em vários setores de atividade, fornecendo serviços integrados, que incluem ações de formação em diversas áreas, com particular enfoque na formação de segurança para técnicos com atividades de maior risco, nomeadamente trabalhos em altura, riscos elétricos, etc.

 

Nas organizações o sistema de gestão da segurança envolve vários intervenientes, com responsabilidades individuais perante a segurança, desde os trabalhadores, aos vários níveis, até aos próprios empregadores, passando naturalmente pelos profissionais (técnicos e médicos do trabalho). Cada um dos intervenientes assume uma determinada responsabilidade, visível nas suas intervenções ao nível das suas funções e atividades profissionais, que pressupõe a aquisição de competências adequadas no domínio da Segurança e Saúde do Trabalho.

Estamos a assistir à evolução da área da Segurança e Saúde do Trabalho, dando cada vez mais relevância às questões da saúde, e nos últimos anos à saúde mental. Nunca, como hoje se falou tanto da importância da saúde mental e, após a pandemia, esta preocupação alastrou-se de forma ímpar ao mundo laboral.

Importa salientar que saúde mental no trabalho equivale a bem-estar no trabalho, que por sua vez implica, que cada indivíduo consegue maximizar a sua capacidade/produtividade e simultaneamente consegue lidar com os desafios da vida, sendo capaz de trabalhar de forma produtiva e profícua e ainda contribuir para a sua comunidade.

Para que esteja assegurada a saúde mental no trabalho é necessário ter em consideração duas variáveis: por um lado na perspetiva do trabalhador, é importante que consiga garantir uma sintonia entre a profissão e as funções que desempenha, e por outro lado, na perspetiva da organização, é relevante que esta também consiga demonstrar o reconhecimento pelo desempenho do seu trabalhador. Se a empresa conseguir conciliar estas duas varáveis, será a melhor forma para alcançar sucesso e o seu crescimento sustentável e duradouro.

Aproveito ainda para salientar que o Grupo IEP no ano de 2022, participou num estudo/inquérito do projeto Hapiness Work, que teve como principal objetivo conhecer os níveis de satisfação e de felicidade organizacional, tendo ficado entre as 20 empresas consideradas com maior índice de felicidade. As novas formas de organização do trabalho, como o trabalho remoto, aliadas à maior  acuidade das empresas em relação ao tema, além de razões externas, e o crescimento económico, justificaram a alteração de perceção de felicidade entre os profissionais.

Conforme pode ser comprovado pelo resultado do estudo do projeto Hapiness Work  divulgado pela revista Exame, as empresas que permitem maior flexibilidade em ambiente laboral são “empresas mais felizes” – colaboradores mais felizes, faltam menos 56% e têm menos vontade de sair da organização em 43%. O impacto é visível ainda na produtividade, em que os trabalhadores felizes dizem ter sido mais produtivos face ao ano anterior em maior escala (4,2) face aos menos felizes (3,9).

 

O futuro das organizações numa perspetiva de segurança e saúde

O ritmo frenético das sociedades e das organizações é marcado pela mudança e celeridade. Hoje em dia, a área da segurança e saúde do trabalho também tem de acompanhar estas novas tendências de um mundo em constante transformação e evolução.

Se a dúvida é sobre o futuro da área da segurança e saúde do trabalho, há garantias de que a tendência é que, cada vez mais as organizações tomem consciência da necessidade em investir nessa área e proporcionar melhores “condições laborais”. A preocupação com acidentes de trabalho e doenças ocupacionais e ou psicossociais elevam a cada dia a procura por modelos organizacionais mais flexíveis e felizes.

 

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